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Dono da viação Cidade Brasília abre o jogo na CPI do Transporte


Victor Foresti negou relação com a empresa Pioneira, que é de propriedade de sua esposa, durante o período da licitação, mas admitiu que a Piracicabana faz parte do grupo Constantino, que reúne seus cunhados. Tudo em família

À CPI do Transporte, o proprietário da viação Cidade Brasília, Victor Foresti, negou, nesta quinta-feira (29), relação com a empresa Pioneira, que é de propriedade de sua esposa, durante o período da licitação, mas admitiu que a Piracicabana faz parte do grupo Constantino, que reúne seus cunhados.

O empresário confirmou ainda contato com o advogado e pivô das investigações Sacha Reck, mas garantiu que foi apenas em caráter de consultoria, já que documentos de sua empresa foram rejeitados pela comissão de licitação.

Segundo o empresário, que foi retirado do certame sob o argumento de que a viação Cidade Brasília não havia apresentado documentos comprovando que tinha capacidade de transportar o número previsto no edital, antes da licitação, ele era diretor na empresa Pioneira. Porém, pouco antes da licitação, Victor deixou o cargo para concorrer na licitação do transporte.

Durante o processo de licitação, Victor Foresti participou do certame em duas etapas, já que o número de concorrentes não preenchia as bacias que estavam sendo oferecidas pelo processo. Nas duas, foi eliminado por problemas na documentação. Ele disse que procurou membros do governo para questionar a eliminação, mas não teve respostas e acabou entrando em contato com o advogado Sacha Reck.

“Não só eu, mas a equipe que trabalhava na minha empresa tentou entrar em contato com membros da licitação para falar sobre a capacidade de transporte que tínhamos.

O meu motivo de entrar em contato com o Sacha é porque, nacionalmente, ele é conhecido como o papa no ramo de transporte e para argumentar que nós tínhamos condições de gerir 250 ônibus”, afirmou Victor Foresti.

Sacha respondeu que ele deveria procurar consultar o edital, mesmo assim, após protocolada ação na Justiça, a Cidade Brasília acabou inabilitada. Quanto aos demais membros da licitação, Foresti afirmou que os conheceu durante o processo de licitação e que não tinha outro tipo de contato com eles, além do profissional.

Segundo as denúncias, as empresas da família Constantino haviam entrado no certame alegando não fazer parte do mesmo grupo econômico, fato desqualificado posteriormente. Um parecer redigido pelo ex-diretor Jurídico do DFTrans (Transporte Público do Distrito Federal), Samuel Barbosa, constatava que as empresas Cidade Brasília, Planeta e Pioneira eram da mesma família, mas, segundo Barbosa, o documento teria sido desconsiderado do processo a pedido do ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB).

Consultoria - Victor Foresti afirmou que foi afastado pela esposa, dona da Pioneira, antes do certame, e que entrou com suas empresas, que envolvem além da Cidade Brasília, a União e a Satélite, pouco antes da licitação.

Durante o depoimento, disse desconhecer quem eram os proprietários da empresa Piracicabana, mas confrontado com os nomes, acabou admitindo que se tratavam dos seus cunhados, filhos de Nenê Constantino.

“Aqui para a CPI, ele assumiu, na pergunta do deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), que as empresas eram da família. Esse foi o melhor depoimento, pois ele entregou tudo sem que fizéssemos nenhum esforço”, declarou o presidente da CPI do Transporte, Bispo Renato Andrade (PR).

Anulação - O empresário disse que não vê motivo para a anulação do certame. Mesmo tendo ido à Justiça para pedir a reintegração de sua empresa à disputa, argumentando que suas certidões eram legais, Foresti não viu irregularidades na licitação.

Victor Foresti disse ainda que se ele estivesse à frente do processo de implantação do sistema público de transporte, o trabalho estaria concluído em apenas dois meses. Para isso, ele propôs um fórum para o debate sobre qual a melhor forma de implantar o sistema.

Fonte: Fato Online
Foto: Suzano Almeida/Fato Online

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