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A Colônia Agrícola Águas Claras e seus muitos problemas


A comunidade do Guará Park (Colônia Agrícola Águas Claras) vê a cada dia sua qualidade de vida piorar e cansados da omissão do governo e do descaso da prefeitura comunitária vem ao longo do ano se mobilizando para tentar sensibilizar o poder público sobre a necessidade da resolução, urgente, dos gargalos estruturais que afligem essa população que vive abrigada em codomínios bem cuidados e boas casas,  contrastando com a falta de infraestrutura.

O movimento começou a aparecer para toda cidade quando da discussão da realidade da região nos grupos de WhtasApp e na mídia local, quando da realização das eleições para a prefeitura, uma das mais acirradas das disputas da história para a gestão da "associação de moradores". Pontuando o descontentamento da comunidade com os rumos do Guará Park e de sua representatividade.

Seu primeiro resultado prático foi a finalização das obras da avenida principal, que estavam abandonadas a mais de dois anos, fazendo com que os moradores sofressem com a lama, no período chuvoso, e a poeira no período seco. Diversos protestos, convocados pelos moradores por meio das redes sociais foram realizados com interrupções do transito, por meio de barreiras de pneus queimados, faixas, cartazes e palavras de ordem o que levou a empresa responsável pela obra a retomar os trabalhos.


Entretanto apesar dessa conquista os moradores do Guará Park não tem o que comemorar, com os fim das obras da pista de rolamento apareceram muitos outros problemas. O que serviria para impulsionar o desenvolvimento local tornou-se um grande perigo para a comunidade.



Na há sinalização adequada nas vias, os retornos estão em locais inapropriados, não existem faixas de pedestres, faltam redutores de velocidade, em locais estratégicos, não existem recuos para os contêineres de lixo e as calçadas não foram finalizadas. As poucas ilhas que existem, obrigam os moradores a partilhar esses espaços com a terra, entulhos, mato e até lixo. Um cenário perfeito para uma possível tragédia já que caminhões, carros e  motocicletas, em alta velocidade, dividem as duas vias com os ciclistas, pedestres e contêineres.







A região não é atendida pelo transporte público, apesar da avenida principal ser enfeitada por muitos pontos de ônibus. Além dos comerciantes locais e os moradores sofrerem com a falta de mobilidade e com a insegurança já que essas instalações sem utilização nenhuma servem apenas de abrigo para usuários de drogas e meliantes, principalmente a noite.


A passarela de pedestres que liga o setor ao Guará I, localizada em uma área descampada e elevada, margeando a linha férrea, precisa ser revitalizada e intensificada a segurança da área, já que existem relatos de assaltos no local. Na área que circunda o acesso a passarela devem ser instaladas proteções, como muretas ou alambrados, para evitar acidentes como a queda de crianças na linha do trem.



A principal área de Lazer formada por dois parquinhos infantis, uma quadra de voleibol de areia e um campo de futebol sintético precisa de uma atenção urgente do poder público.

Nos parquinhos infantis faltam portões, algumas peças de brinquedos estão soltas e as crianças são obrigadas a conviver nesse espaço com o mato e animais domésticos.






A quadra de vôlei está tomada pelo capim, apenas restam os postes das redes, o que impossibilita a prática dessa atividade esportiva.




O campo de futebol sintético necessita de uma total revitalização como a restauração do gramado, a recuperação dos alambrados e necessita de uma boa pintura. E impossível realizar uma partida de futebol naquele local sem correr o risco de uma grave lesão.





Fora tudo isso a comunidade reclama da falta de opções de atividades culturais, esportivas e de lazer.

Segundo o João Pedro morador da região e empresário local é muito difícil ver um ônibus passando na Colônia, o campinho e o lixo na região é deprimente. "Ficar esperando que alguém venha aqui e faça algo por nós vai ser osso. Para reformar uma ruazinha que não possui nem 2 km de comprimento demorou mais de ano.  Temos q cobrar as melhorias e precisamos fazer a nossa parte. Infelizmente temos um governo de péssima qualidade para lidar com esse tipo de problema, ainda mais em áreas fora do Plano Piloto.", ressaltou.

Para a líder comunitária Gleide Soares a passarela não é segura e já houve vários roubos de bicicleta. "Eu por exemplo, quando meu filho quer ir de bicicleta eu passo ele lá pra tentar da uma segurança maior. Não estou me baseando em estatísticas, mas na troca de informações entre os vizinhos. Para mudarmos essa situação precisamos que os moradores se unam para fazer a diferença. Elaborar metas, planejar e cumprir uma a uma, devagar conseguiremos mudar esse quadro".

O morador David Ribeiro acentua que algumas coisas poderiam ser feitas pelos moradores para amenizar os problemas como a não colocação de contêineres de lixo na rua e o cuidado de estacionar os automóveis em locais indevidos. "Mesmo com a falta de estacionamento as área adjacentes dos balões devem ficar livre"s.

Para Cassiana Cesário a questão dos quebras molas, não precisa aguardar a Prefeita. "Qualquer morador pode se dirigir à Administração do Guará e realizar essa solicitação por escrito. A administração entrará em contato com o Detran.  Sei que temos uma líder comunitária, mas não precisamos depender de tudo. Sobre as rotatórias, principalmente em frente as chac 12 e 14... aí sim é um assunto direto ao Detran. As sinalizações pintadas no chão já estão apagadas. Ontem, por volta das 22hs, um veículo, supostamente um Gol amarelo, passou em altíssima velocidade em frente a Distribuidora do Bira. O mesmo esbarrou na caixa de transporte da moto (que estava estacionada) e teve o retrovisor do carro arrancado. Suspeitamos de embriaguez ou carro roubado/furtado, uma vez q o motorista do veículo não parou, deixando os destroços pela rua. Se cada condomínio fizesse o espaço da lixeira seria ótimo. Uma coisa tão simples de fazer"

Para Dina o mais urgente a ser resolvido é a instalação de quebra molas e a sinalização correta das pistas. Já a moradora Aurélia resume seu descontentamento com uma única frase: "A Colônia toda está acabada".

A prefeita comunitária Tânia Coelho ressalta que a prefeitura dentro das suas limitações tem feito o que pode. Que vem protocolando ofícios com as demandas junto à Administração do Guará, órgão responsável pela cidade, e solicitado agenda com a Administradora para discutir as melhorias para o local  "Na semana  passada reunimos com vários  moradores  das chácaras  31.32 e 33. Pontuamos vários problemas referente a invasão, mato alto, etc.... Ou seja o que vivenciamos na Colônia é um descaso da Administração. Os problemas são  recorrentes, porém  a prefeitura tem atuado sim, ouvindo os moradores e buscando fazer a intermediação  entre estado e comunidade. Agora  os trâmites  internos da Administração não  tenho como ter gestão.", ressaltou a líder comunitária.

A Administração Regional do Guará afirmou que está atenta às demandas dos moradores dessa localidade. Estão sendo realizadas obras nas vias para melhoria do trânsito e segurança dos moradores da região. A pasta acrescenta que está em contato contínuo com os órgãos do GDF para outras melhorias importantes na área.

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