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Império do Guara promoverá oficinas de percussão a partir de abril


A Escola de Samba Império do Guará iniciará os trabalhos visando o carnaval de 2021 com oficinas de percussão, onde a comunidade poderá aprender a tocar os diversos instrumentos que compõe uma bateria de uma escola de samba.

A partir dessas oficinas será montada a bateria que participará das apresentações da Escola durante o ano e desfilará no Carnaval de 2021. Entre os instrumentos que a comunidade poderá aprender a tocar destaque para os surdos de primeira, segunda e terceira, repinique, caixa, agogô, tamborim e ganzá.

De acordo com o presidente Edvaldo Lucas existe uma vontade muito grande do Secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, em retomar o desfile de passarela e a Império do Guará estará pronta para disputar o título do Carnaval 2021, no Grupo Especial. Além disso é uma atividade que a Escola proporcionará para a juventude da cidade como uma forma de afastar nossos jovens das mazelas sociais que acometem a nossa sociedade. Isso tudo só será possível com o apoio do nosso padrinho o deputado Robério Negreiros, do jornal Folha do Guará e da comunidade que abraçou novamente a nossa Escola"

As datas, horários e locais serão informados em breve nos meios de comunicação da cidade.

Surdos


Na bateria de uma escola de samba há três tipos de surdo. O maior é chamado primeiro surdo ou surdo de marcação. Com cerca de 75 cm de diâmetro, é o maior e mais grave instrumento da bateria e fornece a referência de tempo (pulso) para todos os ritmistas. O surdo de marcação bate o segundo tempo do ritmo binário típico do samba. Também é usado para fornecer a pulsação inicial no início da apresentação. (em uma marcação 1-2, 1-2, ele marcaria o tempo 2)

O segundo surdo, um pouco menor (cerca de 50 a 60 cm de diâmetro) e menos grave que o primeiro é chamado de segundo ou surdo de resposta. Ele bate o tempo 1 do ritmo binário.

O menor dos surdos de samba, chamado de terceiro, cortador,rebolado ou "surdinho" tem diâmetro de cerca de 40 cm e toca um ritmo mais complicado e sincopado, preenchendo (cortando) os tempos marcados pelos outros dois surdos. A combinação dos três surdos fornece a célula rítmica de base para toda a escola de samba.

Repinique


O repinique (também chamado de repique) é um tambor pequeno com peles em ambos os lados, tocado com uma baqueta em uma das mãos enquanto a outra mão toca diretamente sobre a pele. Criado pelas escolas de samba para repinicar um som mais agudo, serve, frequentemente, como uma espécie de condutor musical das escolas de samba, anunciando "deixas" para o grupo. Ele é, também, destacado como instrumento solista, às vezes tocando introduções para sambas ou solando em batucadas. Também é tocado junto com os tamborins em ritmo galopado.

No samba-enredo, o repinique é utilizado tanto como instrumento de marcação como para solos. Na marcação uma das suas funções é “repicar” as batidas do surdo durante o andamento do samba; este é o toque “de levada”. Outra função do repinique neste subgênero musical é executar pequenos solos, que servem como chamadas para sincronizar a entrada dos demais instrumentos da bateria no compasso da música. Nas escolas de samba e blocos tradicionais, algumas chamadas são típicas do bloco ou da escola e são facilmente reconhecíveis pelo público.

No samba-enredo, o repinique geralmente é tocado com uso de uma baqueta na mão direita e com a mão esquerda livre. A mão esquerda bate direto na pele do instrumento. A batida da baqueta na região central, borda ou região intermediária da pele produz sons de diferentes timbres. É muito utilizado também a batida simultânea da baqueta na pele e no aro de metal do instrumento, técnica conhecida como rimshot. Dependendo do modo de tocar, o repinique pode produzir sons de timbres variados, parecidos com os do tamborim ou sons muito agudos e potentes, típicos deste instrumento.

Caixa


Caixa, tarola, tarol, caixeta clara ou, na designação original em inglês, snare drum é um tipo de tambor bimembranofone composto por um corpo cilíndrico de pequena seção, com duas peles fixadas e tensionadas por meio de aros metálicos, uma esteira de metal, constituída por pequenas molas de arame colocada em contato com a pele inferior, que vibra através da ressonância produzida sempre que a pele superior é percutida, produzindo um som repicado, característico das marchas militares.

Popularmente, distingue-se o tarol da caixa pelo formato do corpo. O tarol tem geralmente uma distância menor das membranas, algo em torno dos 10cm, e a caixa pode ter acima de 15cm.

De uma maneira geral, e dependendo dos modelos, a esteira pode ser afastada da pele inferior mediante uma alavanca, permitindo também a execução de ritmos sem a presença do som repicado.
A caixa teve a sua origem na europa do século XV, onde a sua utilização básica surgiu com a marcação de ritmos em marchas militares.

Atualmente seu uso se estendeu a praticamente todos os estilos musicais ocidentais, sendo elemento essencial na bateria, onde é usada geralmente na marcação dos contratempos ou na execução de células rítmicas ou exercícios musicais mais complexos.

Seu uso é frequente no rock, pop e no jazz, sendo também presença habitual nas seções de percussão das orquestras.

O uso de estilos afro-brasileiros tem suas raízes nos desfiles militares portugueses, desempenhando seu papel principal nas marchas, batucadas, e outros estilos do carnaval, apesar de ser também incluída em diversas outras formas de música.  As caixas integram a bateria de escolas de samba.

O percussionista executa a caixa munido de duas baquetas, geralmente de madeira ou com pequenas escovas, também designadas por vassourinhas.

Nas bandas de marchas ou desfiles, é hábito apoiar a caixa ao ombro ou à cintura do percussionista com um talabarte (alça). Quando utilizada na bateria, é montada sobre um pedestal, geralmente, em forma de tripé.

Agogô



O agogô é um instrumento musical idiofone, compõe-se de duas até quatro campânulas de ferro, ou dois cones ocos e sem base, de tamanhos diferentes, de folhas de Flandres, ligados entre si pelas vértices.Para se tirar som desse instrumento bate-se com uma baqueta de madeira nas duas bocas de ferro, também chamadas de campânulas, do instrumento.

O agogô também conhecido como gã é formado por um único ou múltiplos sinos originado da música tradicional yorubá da África Ocidental.

Tamborim



É um instrumento de percussão do tipo membranofone, constituído de uma membrana esticada, em uma de suas extremidades, sobre uma armação, sem caixa de ressonância, normalmente confeccionada em metal, acrílico ou PVC (policloreto de vinila). No Brasil, é comumente utilizado nos ritmos de origem africana, como a batucada, o samba e o cucumbi. O instrumentista o segura com uma das mãos e o percute (golpeia) com uma ou mais baquetas, normalmente de plástico, medindo aproximadamente 15 cm de altura.

Existe vários tipos de batidas de tamborim. A sua "levada" básica é o chamado "carreteiro" e pode ser tocado de maneiras diferentes com toques conhecidos como o: 3x1, 2x1 e 1x1.

Ganzá ou chocalho


Ganzá ou canzá é um instrumento musical de percussão utilizado no samba e outros ritmos brasileiros. O ganzá é classificado como um idiofone executado por agitação. É um tipo de chocalho, geralmente feito de um tubo de metal ou plástico em formato cilíndrico, preenchido com areia, grãos de cereais ou pequenas contas. O comprimento do tubo pode variar de 15 centímetros até mais de 50 centímetros.

"Ganzá" se originou do quimbundo nganza, que significa "cabaça".

O instrumento é executado ao chacoalhar. O percussionista segura o ganzá horizontalmente com uma ou ambas as mãos e o agita para a frente e para trás. Com pequenos movimentos giratórios, o músico é capaz de controlar a maneira como os grãos caem dentro do tubo, permitindo a variação de intensidade de acordo com os tempos fortes e fracos do ritmo. O som é próximo a pulsos de ruído branco com curta duração e intensidade variável. No samba, o ganzá serve para fazer a marcação, sendo que os tempos são marcados por batidas fortes e os contratempos por batidas fracas.

Nas escolas de samba, é um dos instrumentos que fazem parte da bateria. Para aumentar a intensidade desse instrumento e permitir que seja ouvido entre os tambores, dezenas de ganzás são utilizados. Em geral, nesses casos, são utilizados grandes ganzás duplos ou triplos.

Mais informações:

(61) 99342-4499
Edvaldo Lucas
Presidente

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