A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da 4ª Delegacia de Polícia do Guará, deflagrou a Operação Rota de Fuga após identificar Isaac Chaves de Oliveira, 32 anos, como autor do roubo à mão armada de um Honda HR-V pertencente a uma taxista de 65 anos. O caso ocorreu em 17 de setembro de 2025, por volta das 20h50, quando a vítima visitava sua irmã na QI 14 do Guará I. Dois homens em uma bicicleta se aproximaram e um deles desceu armado, ordenando que ela entregasse as chaves. Após o crime, os autores fugiram em direção à EPTG. O carro foi encontrado horas depois, abandonado na Rua 7 de Vicente Pires, próximo ao Colégio Biângulo, e devolvido à proprietária pela Polícia Militar.
A investigação avançou rapidamente graças à análise minuciosa de câmeras de segurança de comércios, residências, vias públicas e do sistema da Secretaria de Segurança Pública. A equipe da Seção de Crimes Contra Veículos e Objetos (SICVIO) conseguiu mapear toda a rota de fuga dos criminosos, desde o momento do roubo até o instante em que Isaac entrou no prédio onde mora com a mãe, na Rua 10 de Vicente Pires. Esse rastreamento completo inspirou o nome da operação. Segundo o delegado Léda, “conseguimos mapear toda a rota de fuga do criminoso por meio das imagens, desde o instante em que ele roubou o Honda HR-V até sua chegada ao local onde se escondeu. Essa análise tecnológica foi determinante para identificarmos o autor”.
No dia 29 de setembro, a vítima compareceu à delegacia e reconheceu Isaac com absoluta convicção, afirmando que estava a apenas um metro de distância dele no momento do crime. O histórico criminal do suspeito é extenso: oito inquéritos instaurados, seis procedimentos por roubo majorado com emprego de arma de fogo, cinco mandados de prisão preventiva expedidos e cinco recomendações de prisão em aberto. Mesmo assim, ele cumpria prisão domiciliar desde julho de 2025, mas continuou praticando crimes. Apenas dois dias após o roubo à taxista, Isaac foi detido pela PM em um Volkswagen Polo também roubado à mão armada na QI 1 do Guará II.
Com base na gravidade e na continuidade dos delitos, a 4ª DP representou ao Judiciário pela prisão temporária de 30 dias, mandado de busca e apreensão no endereço do investigado, apreensão da arma usada no crime, coleta de celulares e quebra de sigilo telefônico e telemático para identificar comparsas. Segundo o delegado Léda, “temos um criminoso que, mesmo monitorado judicialmente, continua aterrorizando a população. A prisão temporária é essencial para resguardar a ordem pública e garantir a aplicação da lei”.
A investigação aponta que Isaac age preferencialmente à noite, escolhe vítimas vulneráveis, utiliza arma de fogo, atua em dupla e abandona veículos perto de sua residência para despistar a polícia. A PCDF orienta a população a evitar locais escuros ao estacionar, manter atenção ao sair do veículo, acionar o 190 em caso de suspeita e denunciar atividades suspeitas pelo 197.
O caso demonstra a eficiência do uso combinado de tecnologia e análise criminal, permitindo à 4ª DP desvendar toda a rota de fuga mesmo diante de tentativas de ocultação. A Polícia Civil aguarda decisão judicial sobre as medidas cautelares e segue trabalhando para identificar e prender o segundo envolvido, que permanece foragido.


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