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Maioria dos brasilienses já foi roubada, aponta JBrExata

São 53% os que já foram vítimas de crimes. População culpa a impunidade pela violência, embora também cobre maior presença de policiais nas ruas da capital


Pesquisa do Instituto Exata de Opinião Pública (Exata OP) mostra que mais da metade dos entrevistados já foi vítima de roubo na capital federal, ou seja, 53%. No caso de violência indireta (quando uma pessoa conhece alguém que tenha sofrido ação de criminosos), esse número chega a 88%. Para ter uma noção melhor do problema, a cada dez habitantes do Distrito Federal, pelo menos oito já vivenciaram algum tipo de ação direta ou indireta de infratores.

Realizado no dia 9 deste mês com 600 pessoas, o exame perguntou aos brasilienses se eles já haviam sido vítimas de roubo. De todos os entrevistados, 318 responderam sim para a questão. Em contrapartida, o número de moradores que nunca foi assaltado foi de 47%. O estudo contou com a participação de representantes de todas as classes sociais da capital federal a partir dos 16 anos. Além disso, a contribuição da população masculina do DF no exame foi maior do que a feminina, chegando a 55% dos entrevistados.

São exatamente eles, os homens, os mais visados pela violência. Segundo o relatório, de toda a amostra masculina ouvida, 54% já foi roubada, enquanto, no quantitativo do sexo oposto, o número é de 51%. Em relação à faixa etária, os principais alvos dos criminosos são os cidadãos entre 27 e 37 anos, representando 56% desse grupo, seguido dos mais jovens, entre 16 e 26 anos. Os idosos com mais 60 anos estão entre os que menos são vítimas de ocorrências.

Outro dado que impressiona é o número de moradores com faixa superior de renda que são roubados. Eles representam 63% de todas as pessoas na mesma condição que participaram da pesquisa. Depois, são os de renda inferior os que mais sofrem com a situação da insegurança pública do Distrito Federal. Por outro lado, são os brasilienses de classe média alta os que menos são roubados.

População culpa lei branda

A pesquisa revelou ainda outro número significativo. Mais da metade dos brasilienses entrevistados (58%) acredita que o principal problema da segurança pública é a legislação branda e, consequentemente, a impunidade. Apenas 18,8% afirmaram que o crescimento da violência se deve à falta de policiamento nas ruas.

Em terceiro lugar, a falta de qualificação e treinamento dos agentes de segurança aparece como mais um agravante para o problema da segurança pública na capital.

As avaliações mostraram também que a metade da população do Distrito Federal se considera menos segura do que no ano passado. E, mais do que isso, o medo é crescente de acordo com a faixa etária. Entre os que se consideram menos seguros estão os moradores da capital com mais de 60 anos de idade, representando 69% do grupo. Por outro lado, os moradores que se sentem mais seguros pertencem à classe média alta, em especial, os que residem no Plano Piloto – asas Sul e Norte.

Rollemberg diz que DF avança em resultados

Questionado, ontem, sobre o resultado da pesquisa, o governador Rodrigo Rollemberg afirmou que, atualmente, a violência urbana é um problema que atinge todo o País, mas que o Governo de Brasília está enfrentando a situação com firmeza e, inclusive, avançando nos resultados.

"Em nove meses, nós reduzimos praticamente todos os indicadores de violência. O número de homicídios, por exemplo, nós conseguimos reduzir 16% nesse período", garantiu o governador, ressaltando que o governo vai continuar atuando de maneira intensa para diminuir todos os indicadores.

Ainda de acordo com Rollemberg, a violência é fruto de um conjunto de fatores e não apenas em razão das leis brandas, como opinou a população do Distrito Federal na pesquisa. "Não podemos simplificar colocando a responsabilidade em apenas um ponto ou outro", completa.

 Fonte: Jornal de Brasília

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